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Só para baixinhos: a moda infantil como negócio

A demanda constante de um consumidor em idade de crescimento faz da moda infantil um mercado importante a ser explorado. De acordo com dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), além de crescer em média 6% ao ano no Brasil, a moda infantil representa 16% do setor têxtil, considerando que o […]

27.02.23 - 10H44 Por camillalima
Só para baixinhos: a moda infantil como negócio/ Crédito: Cottonbro Studio

A demanda constante de um consumidor em idade de crescimento faz da moda infantil um mercado importante a ser explorado. De acordo com dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), além de crescer em média 6% ao ano no Brasil, a moda infantil representa 16% do setor têxtil, considerando que o país é o quinto produtor têxtil do mundo. Além disso, as micro e pequenas empresas representam 90% do setor de vestuário. Os números revelam que o assunto é sério e que o nicho da moda infantil pode criar muitas oportunidades para o pequeno empreendedor.

E foi nestas oportunidades que a empreendedora Adriana Girão mirou, quando decidiu criar a marca Lu com Gui. A partir de uma necessidade particular – o desejo de vestir seus filhos de maneira livre e criativa -, Adriana enxergou uma lacuna neste mercado: marcas que vestissem crianças com liberdade, conforto, mas também com estilo. “Eu gostava de vestir minha minha filha com roupas mais leves, tranquilas no sentido de deixar ela mais livre para brincar”, – só que ela não encontrava muitas opções.

Mas foi quando nasceu Gui, seu segundo filho, que ela percebeu que existiam mais brechas para preencher neste mercado: “Aí foi quando eu senti muita dificuldade de achar roupas divertidas, coloridas, que mudassem aquele padrão – uma gola pólo azul e uma bermuda bege. E eu acho que a infância ela deve ser bem colorida, alegre, divertida”, pontua.

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coleção Lucomgui

Foi assim que surgiu, em meio à pandemia, a Lu com Gui. Cheia de cor e graça para uma infância pra lá de colorida. Mas a marca já nasceu sob a premissa de repensar o consumo. Com pequenos que crescem rapidinho, as roupas se perdem muito fácil, logo é preciso comprar mais e mais. Para Adriana é preciso re-pensar toda essa cadeia e mostrar para a nova geração, desde a infância, a importância de se consumir somente o necessário: “Eu acho que a gente tem que repensar na sistemática como um todo, desde a confecção de uma peça até pra onde ela vai”.

Hoje em dia, com pais e mães mais atentos as reais necessidades das crianças, esse mercado tende a ter demandas ainda mais específicas. E com elas no centro – participando cada vez mais das decisões -, quem melhor para dizer o que querem do que elas mesmas? É assim que Adriana busca, na fonte, sua pesquisa de mercado: “eu sempre procuro o aval das crianças quando eu produzo uma peça, porque quando a criança se identifica, ela gosta, ela se sente muito ela. E eu penso em moda para muito além do vestir”, pontua a empreendedora, que sempre envolve os filhos para entender, a partir deles, o olhar das crianças sobre o vestir-se.

Para quem quer apostar neste mercado, Adriana reforça que é preciso enxergar quais as dores que se pode solucionar e entender em que público você quer mirar: “Eu sempre digo que quanto mais nichado for, mais próspero o negócio será, porque você vai conseguir comunicar bem para aquele público. Quando às vezes você quer abranger tudo, você não abrange ninguém. Eu via muito essa necessidade, do mercado da moda infantil masculino, de ter peças condizentes com a infância, com a idade, e eu achei essa brecha muito legal. Tanto é que as nossas peças de menino saem mais do que as peças de meninas”, exemplifica.

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