Apostando no futuro verde da construção sustentável
Em ascensão, mercado traz oportunidades para quem deseja empreender no segmento
Uma mistura de água, solo e restos de resíduos de obra, que não passam pelo processo de queima – assim evitando o desmatamento e emissão de gases poluentes, são os elementos que compõem o tijolo ecológico, que vem sendo cada vez mais utilizado em construções sustentáveis no Brasil. O segmento vem crescendo exponencialmente por aqui, e o país já ocupa o 5º lugar entre os países com mais construções sustentáveis do mundo, de acordo com o United States Green Building Council (CBC).
Só para se ter uma ideia do quão movimentando anda o setor, de acordo com dados do Green Building Council Brasil (GBCB), em 2023 houve um crescimento de 40% em construções verdes residenciais, saltando de 8 para 20 empreendimentos. Há uma mudança de mentalidade, é o que defende Arthur Zaltsman, empresário e CEO da Zaltsman, incorporadora de projetos sustentáveis.
“A tendência é que mais empresas e organizações adotem o uso de práticas sustentáveis para esse ano, visto que existem muitos benefícios e fundos de investimento que abrangem esse tema. Fora o alerta climático e outros fatores que influenciam cada vez mais na adoção das práticas ESG”, defende.
Com a alta da agenda ESG, sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança, muitos executivos e investidores brasileiros já estão se movimentando e repensando seus negócios. Além disso, com a crescente preocupação com as questões climáticas, projetos sustentáveis despertam a simpatia e atraem o cliente por esse diferencial.
Foi de olho neste mercado, que Arthur apostou no segmento da construção sustentável em que utiliza em seus empreendimentos tijolo ecológico, sistema fotovoltaico, biodigestor, compostagem orgânica, captação de água de chuva e madeira com selo verde. “Então além de uma bela arquitetura, temos um condomínio seguro e eco eficiente”, argumenta.
Mas o setor traz ainda inúmeros desafios, “desde convencer o prestador de serviços a usar o material ecológico, já que há uma escassez na mão-de-obra, até o cliente final a adquirir um produto feito a partir de produtos que, em tese, são novos no mercado e ainda não tem uma solidez de mercado igual aos produtos convencionais”, ressalta Arthur.
Apesar da pauta já está bem madura em países desenvolvidos, no Brasil o segmento ainda é “novo”, porém, segundo Zaltsman, com boas perspetivas de futuro para quem empreende no setor, e ele explica os motivos: “A captação de fundo de investimentos, visto que muitas empresas estão adotando essas práticas sustentáveis. A redução no custo e no tempo de obra, pois com esses materiais conseguimos uma economia de 30 a 40% no custo e uma redução considerável no tempo. E lógico, o principal, que é ajudar o meio ambiente agredindo menos nosso planeta”, enfatiza.
Para quem deseja apostar no setorr a dica valiosa é “ estudar os produtos e as práticas sustentáveis, além de ficar ligado nas tendencias do mercado, pois sempre vem evoluindo e cada vez mais voltado à eco eficiência”, aponta Arthur.
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