Como negociar com fornecedores em tempos de crise
Confira dicas para equilibrar as contas da empresa sem prejudicar parceiros comerciais Diante de uma crise, como a que vivemos atualmente, os grandes empresários precisam reconsiderar suas metas e os resultados previstos para este ano. Afinal, não é razoável querer manter os mesmos números durante uma situação de pandemia. Nesse sentido, a renegociação com os […]

Confira dicas para equilibrar as contas da empresa sem prejudicar parceiros comerciais
Diante de uma crise, como a que vivemos atualmente, os grandes empresários precisam reconsiderar suas metas e os resultados previstos para este ano. Afinal, não é razoável querer manter os mesmos números durante uma situação de pandemia.
Nesse sentido, a renegociação com os parceiros é uma das principais medidas que vêm sendo adotadas pelas empresas para que consigam manter o pagamento de fornecedores.
Um auxílio para isso é a Lei da Liberdade Econômica, onde os contratos civis e empresariais – o que inclui os contratos entre empresas e fornecedores – podem ser revistos de maneira limitada e em situações excepcionais.
Isso significa que em uma situação imprevista e de força maior, como a da pandemia, a renegociação – em vez do cancelamento dos contratos – pode ser a melhor alternativa para que você continue pagando seus fornecedores.
Confira agora algumas dicas da Fernanda Monteiro, gerente administrativo e financeiro da Nexxera, sobre os caminhos possíveis para a negociação.
1. Rever o planejamento
Tempos de crise exigem mudanças e adaptações. Por isso, o primeiro passo é rever o planejamento. Fazer um levantamento das prioridades da sua empresa, saber o que é imprescindível para o negócio continuar funcionando e o que é possível abrir mão nesse momento.
“Com um novo planejamento bem traçado, o tomador de decisões saberá como negociar com os fornecedores e quais propostas fazer. Isso não só tornará a negociação mais eficaz, como também ajudará a empresa a mostrar argumentos consistentes” afirma Fernanda.
2. Pedir novos prazos para guias
Outra boa solução de como negociar com fornecedores é pedir a prorrogação de prazos de pagamentos. Enquanto os esforços estejam focados em refazer o caixa e reequilibrar as receitas e as despesas.
É preciso analisar o mercado e fazer projeções de quando se terá um respiro nas contas. Desta forma, é possível se programar para pagar débitos e honrar os compromissos, sem que seu caixa e fornecedores sejam muito prejudicados.
3. Fortalecer os laços da relação
Um bom relacionamento com os parceiros é fundamental para qualquer negócio. E, em tempos de crise, isso é ainda mais necessário. Lembrar-se sempre de fazer uma boa gestão de fornecedores para estreitar a relação nesse momento.
O melhor a se fazer durante a pandemia é criar confiança e fortalecer os laços, evitando conflitos ou uma negociação agressiva. Afinal, a relação entre empresa e fornecedor é uma parceria em que ambas as partes necessitam uma da outra. Assim, um acordo saudável e pacífico contribuirá para que todos saiam da crise da melhor maneira possível.
4. Descobrir como está o mercado
Outra boa dica é pesquisar o mercado. Fazer uma cotação dos valores que estão sendo praticados no momento, das condições de pagamento e o que está sendo ofertado por outros fornecedores, é uma boa alternativa de barganha para pedir descontos, alterar prazos e negociar demais condições do acordo.
5. Usar uma comunicação assertiva
Ao negociar com fornecedores, uma atitude essencial é ter uma comunicação assertiva. Para tanto, primeiramente ser empático e entender também as dificuldades pelas quais o fornecedor está passando.
Fundamentar bem os argumentos, mostrar números que comprovem a situação da empresa e ter uma postura racional durante a negociação. Tudo isso ajudará ambas as partes a encontrar os melhores meios de superar a crise.
6. Possibilitar a antecipação de recebíveis
Por fim, uma boa saída é pensar na possibilidade de antecipação de recebíveis. Existem soluções arrojadas no mercado para este fim.
“Esse dinheiro é de suma importância para o momento que estamos passando. A retomada da economia e da empregabilidade exige que empresas e todo o ecossistema criem mecanismos, principalmente às PMEs, para recuperar o poder de compra, produção, entrega e competitividade, visto que foram as mais atingidas financeiramente. Queremos manter estas cadeias ativas, gerando empregos, abastecendo toda a cadeia produtiva e facilitando a compra” finaliza Fernanda.
*Com informações da Nexxera